Calendário Fevereiro 2016 Grupos de Constelação Familiar


Mês de Fevereiro de 2016

Dia 1 segunda feira as 17 horas

Dia 4 quinta feira as 17 horas

Dia 8 segunda feira as 17 horas

Dia 11 quinta feira as 17 horas

Dia 13 sábado as 14 horas

Dia 15 segunda feira as 17 horas

Dia 18 quinta feira as 17 horas

Dia 29 segunda feira as 17 horas

Se você deseja participar como representante,
por favor traga uma contribuição ao grupo:
biscoitos, doces, tortas, etc. 



10° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Segunda feira, 1º de fevereiro de 2016
A partir das 17 horas

Se você deseja participar como representante,
por favor traga uma contribuição ao grupo:
biscoitos, doces, tortas, etc. 

Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
Av. Mauro Ramos, 1970 (Entrada Lateral)
Ao lado do Shopping Beiramar - Centro - Florianópolis 

Facilitadora - Tania Rocha
Informações: 48-99275666

9° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Sábado, 30 de janeiro de 2016
A partir das 14 horas

Se você deseja participar como representante,
por favor traga uma contribuição ao grupo:
biscoitos, doces, tortas, etc. 

Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
Av. Mauro Ramos, 1970 (Entrada Lateral)
Ao lado do Shopping Beiramar - Centro - Florianópolis 

Facilitadora - Tania Rocha
Informações: 48-99275666

8° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Quinta feira, 28 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

Se você deseja participar como representante,
por favor traga uma contribuição ao grupo:
biscoitos, doces, tortas, etc. 

Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
Av. Mauro Ramos, 1970 (Entrada Lateral)
Ao lado do Shopping Beiramar - Centro - Florianópolis 

Facilitadora - Tania Rocha
Informações: 48-99275666

Carta de Bert Hellinger ao pai

“Dedico este livro a meu pai Albert Hellinger (1895-1967), com uma carta:
Querido papai,
Por muito tempo eu não soube o que me faltava mais intimamente. Por muito tempo, querido papai, você foi expulso de meu coração. Por muito tempo você foi um companheiro de caminho para quem eu não olhava porque fixava meu olhar em algo maior, como me imaginava.

De repente, você voltou a mim, como de muito longe, porque minha mulher Sophie o invocou. Ela viu você, e você me falou por meio dela.
Quando penso o quanto me coloquei muitas vezes acima de você, quanto medo também eu tinha de você porque muitas vezes você me batia e me causava dores, e quão longe eu o expulsei de meu coração e tive de expulsá-lo, porque minha mãe se colocava entre nós; somente agora percebo como fiquei vazio e solitário, e como que separado da vida plena.
Porém, agora você voltou, como que de muito longe, para minha vida, de modo amoroso e com distanciamento, sem interferir em minha vida. Agora começo a entender que foi por você que, dia a dia, nossa sobrevivência era assegurada sem que percebêssemos em nosso íntimo quanto amor você derramava sobre nós, sempre igual, sempre visando o nosso bem-estar e, não obstante, como que excluído de nossos corações. Algumas vezes lhe dissemos como você foi um pai fantástico para nós?
Você foi cercado de solidão e, não obstante, permaneceu solicíto e amoroso a serviço de nossa vida e de nosso futuro. Nós tomávamos isso como algo natural, sem jamais honrar o que isso exigia de você.
Agora me vêm lágrimas, querido papai. Eu me inclino diante de sua grandeza e tomo você em meu coração. Tanto tempo você esteve como que excluído do meu coração. Tão vazio ele estavam sem você.
Também agora você permanece amigavelmente a uma certa distância de mim, sem esperar de mim algo que tire algo de sua grandeza e dignidade. Você permanece o grande como meu pai, e tomo você e tudo que recebi de você, como seu filho querido.
Querido papai,
Seu Toni (assim eu era chamado em casa).”

Bert Hellinger, em “As Igrejas e o Seu Deus”.

7° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Segunda feira, 25 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

Se você deseja participar como representante,
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Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
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Facilitadora - Tania Rocha
Informações: 48-99275666

O sentimento de raiva


Sentimentos intensos como raiva originam-se frequentemente num ponto em que um movimento foi interrompido precocemente, no qual a criança não pode prosseguir. Essa raiva protege a criança da dor do amor. A raiva aqui é somente o outro lado do amor. Se, na terapia, deixamos que se expresse a raiva, repetimos aquilo que aconteceu outrora, porque o movimento em direção ao pai ou à mãe permanece interrompido. A experiência é repetida, mas não fica repetida com isso. 

Através dessa raiva nós nos colocamos ilusoriamente acima de nossos pais. Alguns dizem em tal exteriorização de sentimento ao pai ou à mãe: “eu mato você”. Acreditam, então, em primeiro lugar, que o fizeram e, em segundo lugar, que com isso teriam alcançado algo. Não alcançaram nada com isso. Frequentemente se castigam por isso. Quando na terapia alguém quer ficar com raiva dessa forma é indicado interromper, porque a raiva é nesse momento um sentimento de defesa. Quando ele, então, não pode mais expressar a sua raiva, chega a uma ligação com o sentimento que está por trás disso, isto é, com o amor e a dor. Esses dois sentimentos estão ligados. Esse amor é muito mais doloroso que a raiva. É o sentimento mais doloroso que existe, porque é vivenciado junto com a sensação de total impotência. Quando expresso a raiva, nego a minha impotência. Não a sinto de forma nenhuma.

A palavra decisiva nesse ponto é que a pessoa atingida diga: “Por favor”. É possível sentir aí a força em contraposição ao acesso de raiva. “Papai, por favor”. “Mamãe, por favor”. Que força está contida aí, e que dor. Existem situações nas quais uma criança se sentiu abandonada, talvez porque por engano tenha sido deixada em algum lugar. Então a criança vivencia um desespero. Quando se deixa expressar, na terapia, esses sentimentos de desespero, tem um bom efeito. Não são defesas do sentimento vivenciado por ter sido abandonado, mas correspondem exatamente a ele. Isso ajuda, então.

Bert Hellinger

TANIA ROCHA

ENDEREÇO E CONTATO

Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
Av. Mauro Ramos, 1970 (Entrada Lateral)
Centro, Florianópolis CEP 88020-700,
Santa Catarina - Brasil
Marcar Consulta: 48-9927-5666

6° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Quinta feira, 21 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

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Facilitadora - Tania Rocha
Informações: 48-99275666

ACEITAR A VIDA COMO ELA É


Gostaria de começar dizendo algo sobre as Ordens do Amor entre pais e filhos, partindo da perspectiva do filho. Estas observações são tão fundamentais e óbvias que eu hesito completamente em mencioná-las, mas não obstante elas são frequentemente esquecidas. Quando os pais dão a vida, agem de acordo com o mais profundo da sua humanidade, e dão-se enquanto pais aos seus filhos exatamente como são. Não podem adicionar qualquer coisa ao que são, nem podem deixar qualquer coisa de fora. Pai e mãe, consumando o seu amor um pelo outro, dão aos seus filhos tudo o que são. Assim, a primeira das Ordens do Amor é que os filhos tomam a vida como ela lhes é dada. Uma criança não pode deixar qualquer coisa de fora da vida que lhe é dada, nem o desejo de que ela seja diferente vai mudar alguma coisa.

Uma criança é dos seus pais. O amor, se for para ter sucesso, requer que um filho aceite os pais tal como são, sem medo e sem imaginar que poderia ter pais diferentes. Afinal de contas, pais diferentes teriam filhos diferentes. Nossos pais são os únicos possíveis para nós. Imaginar que qualquer outra coisa seja possível é uma ilusão. Aceitar nossos pais tal como são é um movimento muito profundo. Implica o nosso acordo com a vida e o destino, exactamente como nos são apresentados pelos nossos pais; com as limitações que são inerentes a isso. Com as oportunidades que damos a nós próprios. Com o enredo no sofrimento, má sorte e culpa da nossa família, ou sua felicidade e boa sorte, tal como pode acontecer. Esta afirmação de nossos pais tal como são é um ato religioso. Expressa a nossa prontidão a dar falsas expectativas, que excedem ou caem de acordo com a vida que os nossos pais nos deram realmente. Esta afirmação religiosa estende-se para além dos nossos pais, e assim, ao aceitar os nossos pais, devemos olhar para além deles. Devemos ver para além deles à distância, de onde a própria vida vem, e devemos curvarmo-nos perante o mistério da vida. Quando aceitamos os nossos pais tal como são, reconhecemos o mistério da vida e submetemo-nos a ele.

Você pode testar o efeito desta aceitação na sua alma imaginando-se profundamente curvado perante os seus pais e dizendo lhes, "a vida que vocês me deram veio para mim ao preço total que vos custou, e o preço total foi o que custou. Eu aceito-a com tudo o que vem com ela, com todas as suas limitações e oportunidades." No momento em que estas frases são sinceramente ditas, nós reconhecemos a vida como ela é e nossos pais como são. O coração abre-se. Quem quer que controle esta afirmação sente-se pleno e em paz. Compare o efeito desta afirmação com o seu oposto, imaginando-se a afastar-se de seus pais, dizendo, "eu quero pais diferentes. Não gosto de como os meus são." Que ilusão, como se fosse possível sermos nós próprios e ter pais diferentes. Aqueles que falam em segredo estas frases afastam-se da vida como ela é, e sentem-se vazios, sem apoio, e não encontram paz com eles próprios.

Algumas pessoas temem que se aceitarem os seus pais tal como são, devem também aceitar o lado mau deles, e agem como se pudessem escolher somente a parte da vida que preferem. Temendo aceitar a totalidade da vida, também se perde o que é bom. Aceitando os nossos pais como são, aceitamos também a plenitude da vida, tal como ela é.

Bert Hellinger

Tania Rocha

ENDEREÇO E CONTATO

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Centro, Florianópolis CEP 88020-700,
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5° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS


Segunda feira, 18 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

Se você deseja participar como representante,
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4° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS 2016


Quinta feira, 14 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

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Condomínio Koerich Beiramar Office - Sala 304
Rua: Demétrio Ribeiro, 51 (Entrada Principal)
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Facilitadora - Tania Rocha
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3° GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR FLORIANÓPOLIS 2016



Segunda feira, 11 de janeiro de 2016
A partir das 17 horas

Se você deseja participar como representante,
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Facilitadora - Tania Rocha
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As doenças e a Constelação Familiar


 As doenças são vistas como algo de anormal que ocorre no organismo. Algo que interfere nas funções corporais, mentais e sociais. É de concordância que as doenças sofrem influências de fatores internos e externos ao organismo. Há disposição genética para doenças, assim como fatores psicológicos e socioculturais, que envolvem a sociedade e a família. Dentro da perspectiva familiar, falaremos das questões sistêmicas, ligadas à visão das Constelações Familiares. Bert Hellinger é o terapeuta que sistematizou as Constelações Sistêmicas, ainda que outros teóricos tenham escrito sobre técnicas que fundamentaram, de certo modo, as constelações, como a psicologia sistêmica e o psicodrama, por exemplo. Dentro da visão de Hellinger, muitas doenças são sistêmicas, estão envolvidas em dinâmicas familiares que buscam, inconscientemente, um equilíbrio perdido, pelo desrespeito às Ordens Sistêmicas.

Uma dinâmica comum, nas constelações familiares, é “eu sigo você em seu destino”, especialmente em destinos ligados à mortes precoces, mortes e doenças graves de familiares. Está ligada ao amor sistêmico e envolve, como todas as demais doenças, lealdade e fidelidade sistêmicas.  Neste caso, o membro da família que vê o sofrimento do outro – por exemplo um filho que vê o sofrimento e a morte de seu pai – diz: "eu sigo você", e também adoece gravemente, sofre de depressão grave, experiência acidentes e, muitas vezes, até tenta o suicídio. Uma outra dinâmica relaciona-se à necessidade de compensar algo de grave ocorrido antes, no sistema, como por exemplo uma vantagem em relação a outrem, que traz um desejo inconsciente de assemelhar-se àqueles que ficaram em desvantagem. Por exemplo, crianças adoecem para expiar a culpa de seus pais ou ancestrais. É um vínculo que atua fazendo com que os inocentes se sintam culpados e queiram pagar o preço dos que vieram antes. Isso implica, além de doenças, muitas infelicidades e mortes dentro dos sistemas familiares.

Uma outra dinâmica tem a ver com o desejo inconsciente do filho de sofrer no lugar dos pais.  E muitas crianças, de fato adoecem pelos pais. Aqui o filho diz: "eu em seu lugar", sendo o pensamento mágico o grande responsável pela crença do filho de que realmente pode salvar ou liberar os pais do sofrimento. Outra dinâmica é aquela que tem a ver com a rejeição aos pais. Pela crítica, acusação, julgamento aos pais, pode-se adoecer gravemente. Muitas pessoas com câncer dizem preferir morrer a honrar os pais. Muitas doenças, portanto, estão ligadas à dinâmicas sistêmicas. Neste sentido, uma constelação familiar pode ser uma intervenção terapêutica eficaz, junto com o tratamento médico.
Escrito por Ana Lucia Braga

Seminário de Constelação Familiar e Empresarial
Quarta-feira, 13 de janeiro - 15 as 17 horas
Local: Auditório do Condomínio Koerich Beiramar Office (térreo)
Rua: Mauro Ramos, 1970 – Ao lado do Shopping Beiramar
Entrada: Grátis 
(contribuição de material escolar para crianças carentes)

Calendário de Janeiro de 2016 dos Grupos de Constelação Familiar


Mês de Janeiro de 2016

Dia 4 segunda feira as 17 horas

Dia 7 quinta feira as 17 horas

Dia 11 segunda feira as 17 horas

Dia 13 quarta feira SEMINÁRIO GRÁTIS 15 horas

Dia 14 quinta feira as 17 horas

Dia 18 segunda feira as 17 horas

Dia 21 quinta feira as 17 horas

Dia 25 segunda feira as 17 horas

Dia 28 quinta feira as 17 horas

Dia 30 sábado as 14 horas




As experiências dos nossos antepassados deixam marcas nos genes

(Bisavó Michelle e bisneta Lucy - a diferença entre elas é de 87 anos)

A crença de que nossa vida pode ser determinada pela história psicológica das gerações anteriores não é nova. Nos últimos trinta anos, o conceito de "família inconsciente" surgiu causando uma reavaliação dos antigos e profundos preceitos filosóficos do Oriente, como a influência ancestral nos destinos individuais ou força que certos fatos e pessoas do sistema familiar possuem sobre nossas vidas. O surgimento de novas abordagens terapêuticas, como a psicogenealogia ou abordagem transgeracional para o trabalho clínico, tem como objetivo fornecer um caminho para ajudar a explicar as dinâmicas inconscientes da família. Dinâmicas que fazem com que o paciente repita certas situações na sua vida, pois esse está que conectado com o seu sistema familiar. Também se observou que o poder de incluir na história pessoal de uma pessoa a sua história familiar transgeracional, ajuda a entender melhor algumas reações exageradas, fracassos repetidos ou emoções violentas que não se encontra uma explicação em sua própria história. Em muitos casos, estes comportamentos parecem ser determinados pela história psicológica de gerações anteriores.

Há poucos anos creditava-se que nascíamos com informações genéticas predeterminadas e inalteráveis detalhando os nossos componentes, sua estrutura, ordem e função, como deveríamos ser e do que poderíamos adoecer. Atualmente, sabemos que não é assim. Estudos mostram que as influências ambientais podem causar alterações nos genes, modificar o DNA e assim posteriormente transmitir essas alterações para nossos descendentes. Grande parte do funcionamento do nosso corpo depende de que certos genes são ativados ou não. Embora ainda não sabemos como e que enzimas estão envolvidas neste processo. O fato é que quando um gene é ativado ou desativado são lançados processos bioquímicos que acabarão por levar a, por exemplo, um gêmeo a desenvolver esquizofrenia e o outro não, apesar de serem geneticamente idênticos.

Recentemente, a epigenética confirmou a poderosa influência que o estresse, dieta ou produtos tóxicos ambientais têm na ativação de genes específicos e como eles geram mudanças em três ou mais gerações. Se a dieta e produtos tóxicos podem causar alterações epigenéticas, poderiam experiências como o estresse pós-traumático, abuso infantil ou sofrimentos também desencadear mudanças epigenéticas no DNA ou em células do cérebro? Estas questões resultaram ser a base de um novo campo, o comportamento epigenético, agora tão comentadas, que tem gerado dezenas de pesquisas e propõem novos tratamentos para curar os problemas do sistema nervoso.

Entre esses estudos incluem o de Michael Skinner, biólogo molecular, no qual ele afirma que as experiências de vida dos avós e até bisavós, modificam os seus óvulos e espermatozoides de modo indelével. Esta modificação afeta seus filhos, netos e bisnetos, e esse fenômeno é conhecido como "herança epigenética transgeracional." Isto é, qualquer fator ambiental que influencia a saúde física e emocional não só irá afetar o indivíduo exposto ao fator, mas também para os seus descendentes. Outros estudos do comportamento epigenético conduzidos por Michael, neurologista e psiquiatra biológico, demonstram que experiências traumáticas no nosso passado, ou o passado de nossos ancestrais, deixando marcas moleculares aderidas ao nosso DNA. Ou seja, nós herdamos não só os joelhos frágeis da avó, mas também uma predisposição para a depressão causada por um sofrimento que ela não superou.

 Pilar del Rey, Eva Rodriguez, Ana e Nuria Sancer Tayo