O aborto e o sistema familiar



Um bebê abortado faz parte do sistema de uma família e fará parte para sempre, mesmo que a mãe tenha escondido a morte dessa criança. Na prática da terapia de Constelações Familiares se constatou que é necessário equilibrar o sistema e garantir a sua sobrevivência e a de seus membros. Para que isso ocorra, todas as ordens do sistema de família existentes devem ser respeitadas. Essas estruturas fixas são chamadas por Bert Hellinger, de "Ordens do Amor e Vida". Essa ordem provém da estrutura familiar arcaica e é tão poderosa que dirige e determina os destinos e influencia de forma decisiva a vida de todos os membros.

No sistema familiar existe um sentido de ordem e equilíbrio, chamado a consciência do clã, portanto, qualquer sofrimento feito a um antepassado deve ser compensado por um descendente. Esta consciência se encarrega de equilibrar o sistema, exigindo a inclusão no grupo dos membros excluídos e esquecidos pelas nossas almas. A consciência do clã não desiste até que seja restaurada a ordem no campo energético familiar e a dignidade do excluído em nossos corações.

Como exemplo podemos citar a psicose, a esquizofrenia ou a bipolaridade. Um bebê abortado é um membro excluído da família e a consciência do clã buscará a compensação desse assassinato. Quando existe na família um membro psicótico, observa-se sempre na Constelação que houve um aborto ou um assassinato na linhagem dos ancestrais da família do pai ou da mãe. Sempre encontramos um agressor e sempre existe a vítima. O irmão do bebê abortado pode desenvolver psicose, apresentando os sintomas de ambos os papéis alternadamente – mostrando que a paz não foi selada nas gerações anteriores. O distúrbio pode passar de geração em geração. Nos grupos de constelação “o agressor” e a “vítima” demonstram desagrado com a vingança desejada por ambas as famílias. Mas os descendentes do bebê abortado não encontrarão paz enquanto sua alma não for incluída e respeitada. A solução e o alívio acontecem quando a vítima e o agressor são respeitados e, dessa forma, liberando as famílias do peso da vingança. Equilibrando o campo com amor e respeito à vida humana!

Referências: Hellinger, Bert “O amor do espírito” Editora Atman 

A Homossexualidade na visão de Bert Hellinger



Na maioria dos casos a homossexualidade se origina de um emaranhado sistêmico e não de uma pré-disposição genética. Alguma pessoa da família precisa representar uma mulher porque não existe nenhuma mulher à disposição. Então há uma falta de orientação sexual. É por isso que o homossexual costuma demorar a se identificar até perante ele mesmo. Existem os casos em que alguém da família se identificou com uma pessoa excluída, que foi difamada. Isso pode acontecer quando a pessoa se identifica com um antepassado do sexo oposto e mais velho que foi afastado da família. Também acontece de um filho homem não consiga escapar da esfera da influência da mãe e das mulheres e não possa ir para a esfera de influência do pai. Quando a mãe exclui o pai, por exemplo, e ata o filho exclusivamente a si (existem mulheres que querem um filho, mas não um marido). Quando essa criança é um menino, às vezes tem a tendência a tornar-se homossexual.

A homossexualidade não costuma ser reversível quando se trata de homens. É mais provável ser reversível quando se trata de mulheres. Nos casais homossexuais existe um amor pessoal muito profundo. Devemos respeitar. Quando um homossexual reconhece o seu destino pode aceitar a homossexualidade com dignidade e assumi-la. Mesmo reconhecendo que é um destino difícil, assumindo esse destino, homens e mulheres recebem uma força especial.

O câncer na constelação familiar



Com pacientes de câncer, muitas vezes podemos ver que querem morrer. Dizem que querem lutar contra o cancro, mas profundamente, bem no íntimo, eles querem morrer. Uma dinâmica muito comum que vi com mulheres, foi que elas estavam em guerra com as mães. Consequentemente, em geral, se eu tivesse que fazer uma constelação com uma mulher que tivesse câncer no seio, eu a colocaria em frente à sua mãe. Recentemente, nós tivemos uma constelação onde fizemos isso. A mulher que tinha câncer ajoelhou-se na frente da sua mãe, e a mãe não a viu. Passou pela sua filha e olhou mais para frente, olhou para o chão. Numa constelação familiar, se alguém olhar para o chão, quer dizer que está olhando para uma pessoa morta. Assim eu selecionei um representante e deixei-o colocar-se por trás da filha, em frente da mãe. Ele fechou as mãos com força. Então eu perguntei à mulher doente: "O que aconteceu na família?" Ela disse que o irmão da sua mãe tinha assassinado a sua amante. Da constelação poderíamos concluir que a sua mãe soube disso e certamente o tinha consentido. Agora o que acontece no íntimo de uma pessoa como aquela? Sente-se culpada, e sabe, dentro do seu coração, ela também ganhou com a morte. Mas então, a filha diz no seu coração, "Eu morro no teu lugar." Por isso é que desenvolveu o câncer. Este era o segredo profundo da sua doença.

Mas voltando ao exemplo das mulheres e das suas mães. Muito frequentemente eu faço um exercício muito simples. Digo-lhes que devem ajoelhar-se na frente da sua mãe e curvar-se até o chão em respeito para com elas. Muitas mulheres que têm câncer no seio não conseguem fazer isto. Há uma resistência tão forte para honrar a própria mãe que se torna evidente, que é mais fácil morrer do que honrar a mãe. Naturalmente, você não pode dizer que cada mulher que tem câncer no seio tem dificuldades com a sua mãe. Isto é errado. Mas há muitos casos onde eu vi isso. Cito outro exemplo. Uma vez fiz um seminário somente para pacientes de câncer, e trabalhei com uma mulher que não se concentrou e eu tive de parar a constelação. Em consequência, ficou zangada comigo, mas muito frequentemente, quando eu paro uma constelação, é uma intervenção terapêutica. No dia seguinte, ela estava completamente mudada e disse que tinha algo a relatar. Ela tinha recordado que, imediatamente depois de ter sido operada ao seio, quando estava justamente acordando da anestesia, a sua filha lhe disse, "Mãe, ouvi duas crianças chorando lá na nossa casa." Ela tinha trazido duas bonecas e colocou-as no ombro da sua mãe dizendo, "Eu te trago estas duas crianças." A mulher soube imediatamente quem elas eram. Tinha abortado duas crianças. Então nós pudemos fazer a sua constelação. Agora ela podia olhar estas crianças e dar-lhes um lugar no seu coração. Alguns anos mais tarde, encontrei ela outra vez e disse-me, "Estou me sentindo muito bem."

Bert Hellinger

10º ENCONTRO DE CONSTELAÇÕES FAMILIARES EM FLORIANÓPOLIS



A terapia da Constelação Familiar é um psicodrama energético-espiritual que coloca em evidência a conexão profunda que temos com a nossa família, com os antepassados de varias gerações. Evidencia os vínculos que não conseguimos acessar em nossas consciências, criando padrões de comportamento que impedem o livre fluir de nossas vidas. Desta forma, é possível liberar a dor e os vínculos na sessão de psicodrama espiritual da Constelação familiar.

Áreas de atuação:
- Em todas as questões familiares
- Problemas de vícios e atitudes compulsivas
- Sintomas e doenças psicossomáticas
- Bloqueios emocionais e traumas
- Questões de relacionamento
- Autoconhecimento, autocontrole

Data: 26 setembro de 2012 – Quarta-feira
Horário: 18:30 horas - Centro - Florianópolis

É necessário inscrever-se com antecedência (Dez participantes)

Informações: 9927-5666

Workshop - Os movimentos de amor interrompidos


Curando o relacionamento primordial de nossas vidas: o amor entre mãe e filho

Liberar a interrupção no fluxo de amor que se origina na relação mãe e filho. Na fase adulta, a dor dessa interrupção torna a aflorar, repercutindo nas relações afetivas, e poderá levar a pessoa a continuar trocando de parceiro (a), sempre em busca do amor primordial. Ao se aproximar de um novo parceiro (a), surge o antigo medo inconsciente de perder a mãe, levando ao fracasso da relação. Através das constelações, é possível restabelecer o fluxo do amor interrompido, trazendo a cura e a liberdade.

Libertando o ex – companheiro (a)

Meditação e exercícios para a liberação do ex- companheiro (a). Quando ainda alimentamos a raiva, dor ou mágoa, estamos ligados à pessoa e, com isso, temos a vida totalmente bloqueada. Não conseguiremos construir uma nova relação feliz mantendo esse padrão energético. Não estaremos livres para encontrar um novo amor se estamos bloqueados na raiva e na dor.

Entrega de material didático para praticar em casa.
(exercícios e meditações liberatórias)

Local: Florianópolis
Dia 20 de Setembro – 19 horas

Informação: 9927-5666