Robin
Norwood, em seu livro Meditações diárias para mulheres que amam demais, que
aborda o comportamento viciado, compulsivo e destrutivo, a dependência afetiva
(quase uma dependência química, ou o que também podemos chamar de
co-dependência) de mulheres que se envolvem em relacionamentos “perigosos” onde
o parceiro está indisponível para elas e relacionamentos que envolvem sempre um
grande sofrimento.
“Mulheres
que viveram em lares violentos tendem a escolher parceiros violentos, mulheres
que conviveram com o alcoolismo tendem as escolher parceiros dependentes
químicos, e assim por diante. Uma dinâmica sempre presente na relação
dependente é o impulso inconsciente para reviver a luta do passado, e agora
para vencer”. Na
perspectiva das Constelações Familiares, vemos também a repetição do padrão de
sofrimento como a reprodução de um hábito inconsciente, trans-geracionalmente
Aqui nos deparamos com as forças da hierarquia e do equilíbrio, que atuam em
todos os sistemas. O pequeno, porque recebeu demais, sente que precisa
retribuir a qualquer custo, tornando-se o grande na família, cuidando
desesperadamente dos pais, com uma responsabilidade que não lhe cabe. Mães (e
também pais) que viveram em lares
violentos, tendem a se identificar com o excluído da família (o agressor ou a
vítima – e algumas vezes com os dois), o que leva a pessoa a reproduzir a mesma
dinâmica, entre vítima e agressor.