Pedagogia Sistêmica: sem raízes não há asas



O sonho que marcou a diferença na educação. A Pedagogia Sistêmica inicia-se no ano 2000. Um novo enfoque, num novo milênio que se baseia no natural da vida e nos elementos que anteriormente não tinham sido observados dentro de um sistema que está inter-relacionando-se totalmente, um com outro. Refiro-me ao sistema educativo, ao sistema familiar e ao sistema social.

Como menciona Marianne Franke Gricksch, em 2006 a transferência da visão sistêmica da terapia familiar para a docência, permite perceber as pessoas não como indivíduos isolados, mas como parte de uma estrutura inter-relacionada. Hellinger assinala que, a nível subconsciente, participamos na trama familiar e de seu destino coletivo. As constelações familiares permitem revelar o fato de que fazemos parte de uma grande alma que compreende a todos os membros da família, sujeitos a um ordem essencial. Tem-se que encontrar e respeitar tal ordem para que encontremos nosso lugar dentro da nossa família, respeitando o destino dos outros membros dessa família. O respeito e o amor à família não são um sentimento, constituem uma postura baseada em princípios que geralmente não é consciente. Nossa inclusão nessa grande alma é um senão, e nós nos encontramos sujeitos ao nosso destino familiar. Nisto se baseia o enfoque sistêmico-fenomenológico.

A visão da Pedagogia Sistêmica é belíssima, porque vê nas atitudes disfuncionais dos alunos, somente uma mostra profunda de amor; uma lealdade incondicional ao pai, uma lealdade incondicional à mãe. A última oportunidade que temos como pais de família, de participar de maneira poderosa e eficaz na vida de nossos filhos é na adolescência; e hoje, os filhos, os alunos, precisam muitíssimo dos adultos, precisam de uma participação afetiva e generosa, desde declarar que o processo educativo se leva a cabo, principalmente, através do trabalho dos pais; neste ponto, baseia-se a diferença. Que se requer? Firmeza e Sensibilidade. Essencialmente, como professores, precisamos tomar nossos pais em nosso coração, e daí, se abre a sensibilidade, mas junto com a sensibilidade, uma outra ferramenta fundamental, é a firmeza. Não é uma ou a outra, são as duas juntas. Amor claro e reconhecimento de limites.

Na Pedagogia Sistêmica recuperamos a alegria por viver, e é a força que levamos a aula.
Imaginemos os professores usando o amor que lhes é comum, porém tomando a força de seus próprios pais, e daí fluindo para seus alunos; e imaginemos o amor dos pais de seus alunos fluindo através deles; isso é poderosíssimo. Toda a diferença é educar no amor, fluindo desde a ordem. Sem ordem, não flui o amor; não tem a mesma força e, portanto, o mesmo impacto; O AMOR DOS PAIS FLUINDO NOS FILHOS É A FORÇA NA EDUCAÇÃO.

Escrito por Angélica Olvera (CUDEC)